"The wind is low, the birds will sing, that you are part of everything..."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Desculpe-me

Sinto muito, mas desculpas devem ser usadas quando realmente necessárias.
Eu machuquei seu coração, mas o meu está mais feliz, e sei que o que foi feito agora pode doer, mas a dor passa porque o tempo cura tudo. Bater frequentemente no mesmo lugar causa muito mais dor do que um batida daquelas que deixam marcas, mas que passam com o tempo. Fingir, enganar, bancar a hipócrita e prometer o incerto, essas coisas sim merecem pedidos de desculpas. O que foi dito, prometido e não cumprido é o pior dos machucados, é o que traz a cicatriz, é o que pode ser desculpado mas é sempre lembrado.
Não ter um desejo realizado não é um dos melhores sentimentos, mas quem barra tal realização tem um peso muito maior, que é carregar a responsabilidade por tal ação (ou falta de) e nunca saber como tudo realmente poderia ter acontecido.
Às vezes adiantar o fim é mais fácil do que sofrer as dores do durante, mas quem garante que tudo são dores? Já que nem tudo são flores, não poderíamos pensar numa metade feliz, e assim fazer o máximo pra vivê-la com mais intensidade?
De certo ser racional traz dificuldades, porque 1+1 é realmente 2, e não há como discutir, mas no amor, 1+1 é como 2, mas transformado em 1. E isso, nem o mais racional dos seres consegue explicar, porque há quem tente explicar o amor, mas se perde porque a definição é muito mais que palavras.
Me desculpo por não poder descrevê-lo no momento, e nem me perder ao tentar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tão paradoxal quanto mostrar-se escondendo, é revelar-se intimamente insatisfeito ante um pedido de perdão não perdoado. Há limites e limites, a questão é que a trama do amor na vida real avessa às novelas e finais felizes, sempre nos guarda surpresas. Ainda que tenhamos caído, levantado e repetido inúmeras vezes esse processo sádico e continuo, esse ciclo vicioso de evolução amorosa nos leva a tentar novamente, neh?!.. Sem falar no ávido desejo de sentir a falta de folego, os dedos formigarem, a ânsia do reencontro e o medo, sim! O medo do desconhecido..

Tentar racionalizar o amor já é loucura, quantificá-lo ou colocá-lo sob uma ótica matemática é a supremacia da insanidade... Rs.. Tanto é que no meu primeiro post eu fiz isso também.. hehe.

E no final, mais angustiante do que o pedido de perdão ou o ato de aceitar a desculpa, é não ter a certeza que o acontecido esteja ligado diretamente a uma ação sua, precipitada ou não. Ou seja, martela-se na mente aquela dúvida constante do, se eu não tivesse feito isso, aconteceria aquilo?!.. Voltamos a explanar sobre o acaso e o bendito destino..