"The wind is low, the birds will sing, that you are part of everything..."

domingo, 26 de julho de 2009

São números com significados atrelados a eles


Ao olhar as horas enquanto conversava com um amigo acabei me assustando, marcava 23h e eu pensando que não passava das 21h.
Nesse momento acabei me dando conta de que havia me perdido no tempo. Confesso que não foi uma boa sensação, sempre que ocorre esse tipo de coisa me assusto. Ao comentar isso com meu amigo ele disse "é, passou MUITO rápido hoje". Completei dizendo "É ruim, né? Perder a noção do tempo... acho que tô tão acostumada a viver em horários que quando não tenho o que seguir fico perdida".
E não é isso mesmo que acontece? Estamos tão presos a números e em que devemos fazer quando cada um deles aparece que não conseguimos mais deixar de viver em função dos mesmos.

Pense.

sábado, 25 de julho de 2009

Medo? Bem-vindo ao clube















Você se arrepende de coisas que fez? Se pudesse voltar no tempo, deixaria de fazer algo? Pensaria duas vezes antes de cometer aquele ato cheio de impulso e desejo?
Há quem diga "prefiro me arrepender do que fiz a me arrepender do que não fiz", mas será que alguém consegue funcionar dessa forma, colocar tal frase em prática? Ao olhar da teoria tudo parece mais fácil, e quando a prática nos joga contra a parede?

É certo que cada qual vive ao seu modo de vida, mas as rédeas existem, e sempre estão presentes. Libertar-se parece uma aventura e tanto, contando que a segurança de que tudo termine bem esteja lá, no fim de tudo. Até os mais "soltinhos" que se dizem capazes de tudo para a realização de algum desejo vão em busca com uma certeza, de que alguma forma tudo estará sob controle.

Vamos, o medo, a insegurança ou seja lá como costuma chamar tal sentimento que te prende (ou não) de alguma forma, existe.
A verdade é uma só, somos um bando de medrosos, o que nos diferencia é como cada um lida com tal característica.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O universo e a amizade

Começo o post de hoje com o trecho de uma conversa que tive com uma pessoa especial, foi mais ou menos assim:
M: Bom dia!
C: Bom dia! Obrigado!
M: Por nada. (?) hahahaha *sem entender*
C: Você veio a para São Paulo, se tornou minha amiga, feliz dia do amigo!
E então, sabe o porque da comemoração do Dia do amigo em 20 de julho? Se não, eu explico. Um certo argentino chamado Enrique Erneto Febbraro criou essa data coincidindo com o dia 20/07/1969 no qual o homem chegou à lua. Ele viu isso como uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo.
Tenho milhares de coisas para escrever sobre minhas amizades, as situações em que elas se formaram, a quanto tempo elas existem, os momentos passados com cada amigo.
Mas prefiro não citar as minhas, e sim deixar que pense a respeito dos seus amigos, aposto que te fariam rir ou até mesmo chorar ao lembrar de tudo que passaram juntos.
Acho cabível para esse dia uma crônica, a qual me identifico de uma forma surpreendente. Acredito não ser tão surpreendente assim, afinal, basta ter amigos para se identificar com a mesma.


Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro,
basta-me saber que eles existem
.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas
é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure
.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital
, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes,
mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
"A gente não faz amigos, reconhece-os."

quinta-feira, 16 de julho de 2009

As metades

Que meu sumiço seja perdoado, porque metade de mim quer viver intensamente, e a outra metade só pensa em fugir para onde isso seja possível.
Auto-explicativo.

E a frase é minha sim, só com a idéia da letra de "Metade" do Oswaldo Montenegro.