"The wind is low, the birds will sing, that you are part of everything..."

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Domingo à tarde

Cada vez mais eu me dou conta de que tudo que eu passo nessa minha vidinha é uma forma de deixá-la mais colorida, até as coisas que no momento que acontecem parecem tão sem significado, sem brilho.
Uma conversa num domingo à tarde, com alguém que você acaba de conhecer, te faz perceber que só não conhecia por falta de um contato maior, por falta de alguém para unir o real e o imaginário. Porque na verdade aquele alguém já existia pra você, já fazia parte das suas fantasias que te faziam rir num instante de devaneio. E o melhor de toda essa experiência é quando, num desses seus momentos de fantasia, você encontra aquela pessoa perdida por lá, agora você já sabe qual a imagem que faltava, o alguém que te fazia rir contando as coisas mais absurdas, que te fazia sentir-se bem por saber que ela está bem.
Alguém que te faz perder a noção de quão tedioso é um domingo, alguém que não te deixa prestar atenção na música do final dos programas dominicais e que como se num passe de mágica te faz lembrar que a segunda-feira está chegando.
Agora me diz, isso não é mágico?
Como eu disse no começo do texto, acho que esse tipo de experiência além de me fazer um bem danado, me faz ver as cores da vida, me faz pensar que mesmo num dia chato como domingo, algo pode acontecer, ou melhor, eu posso prestar atenção nas coisas que estão acontecendo e perceber que o rótulo de um dia chato é só um rótulo, e ele pode ser tirado. Até os mais difíceis de serem arrancados, nada que um pouco de água e paciência não mude.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fazendo o bem sem dizer a quem

"Deixa eu dizer que te amo, deixa eu cuidar de você
Isso me acalma, me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver..."
É lindo poder ajudar alguém né? Lindo perceber como uma pessoa pode ser feliz a partir de nossas ações. Melhor ainda é ajudar e ao mesmo tempo se sentir realizado.
O que realmente te motiva? Ajudar a pessoas e fim, ou ajudá-las, ver como ficaram felizes com isso e se sentir bem por sua boa ação?
Não quero ser considera pessimista, não quero ser considerada totalmente realista. Mas se olharmos, o bem é feito para realização própria, a única diferença é que o bem, o bem "de verdade" une o bem do próximo e o bem de si. Acho que é mais uma questão de ordem, por exemplo, penso em fazer algo bom para alguém e depois de fazê-lo acabo me sentindo bem, e penso em me sentir melhor com algo e faço bem para alguém.
Acho que na verdade eu só quero dizer que tem muita gente que usa de suas boas atitudes para se definir uma boa pessoa. Confesso que não levo fé em pessoas assim.
O porque é simples... como disse antes, não quero ser definida com pessimista, e muito menos como realista demais, eu acredito que pessoas boas existem, e que elas podem ser vistas sem que elas próprias precisem mostrar o que têm feito para serem chamadas dessa forma. A realização pessoal existe, mas controle-a, é mais bonito.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Expressando

A vontade de jogar tudo para o alto, de largar essas coisas que nos prendem na vidinha cheia de rotina, sair correndo. Não me diga que nunca teve vontade de fazer isso.
É normal, não é?
Sem grandes inspirações.
Confesso que em mente só tenho a idéia de como o silêncio mais uma expressão facial podem ser significativos e cruciais na comunicação. Ultimamente o que mais tenho percebido é como o silêncio é essencial, como ele pode dizer muitas coisas, sabe aquilo que palavras não descrevem? Pois é, tente com o silêncio.
Vaguei por assuntos aleatórios, pra variar.

domingo, 11 de abril de 2010

Vai correndo procurar tudo aquilo que almejou


A angústia de ser...


Quando decidi escrever esse post, não sei porque, mas ao abrir a página da nova postagem esse tema me veio em mente. Talvez seja por algo pessoal, algum momento que esteja passando, talvez seja por esse tema ser tão constante e vivido mas na verdade nem sabemos direito que ele está lá (ou aqui) em nós.
Falo como leiga que sou, falo como alguém que vive e que por algum motivo vê um foco de luz na escuridão do viver e percebe que essa luz era o necessário para iluminar o que estava oculto. E nesse caso, o oculto é a angústia de ser você, um outro alguém, uma fantasia temporária, ou simplesmente ser. Talvez uma constante de pessoas te dizendo como ser, como se posicionar diante de alguma situação, da vida que cada um vê e pensa que temos, nos faça vestir uma máscara a cada esquina que passamos.
Ora, mas a vida que os outros vêem não necessariamente é a vida que vivo. Sabem essas pessoas o que conto ao meu travesseiro todas as noites? Acredito que máscaras são necessárias, mas também acredito que cada uma delas tenha um pouco de quem as usa, portanto, são objetos usados para a sobrevivência e não deixam de transparecer ao menos um pouco do que almejamos. Ser é angustiante - ou não faria sentido o que escrevi na primeira linha desse texto - significa se propor a usar as tais máscaras sociais, e quando digo sociais não me limito à rua (grande erro), mas sim em como somos nos círculos familiares, amigos, trabalho, etc.
A grande pergunta é "Então, qual é o ser verdadeiro?". E digo, apenas com o olhar leigo de alguém que arrisca, o ser verdadeiro é o ser que você deseja ser, aquele que está constantemente em seus pensamentos, que te faria feliz em ser, mas que não é.