
Parece tudo tão vazio e livre de qualquer tom que os torne especial, se visto dessa forma. Mas então eu pensei, por que não trocar um pouco o olhar, enxergar as coisas por um outro ângulo, o ângulo da beleza e significado que pode transformar até o mais simples prédio que compõe o cenário de uma avenida movimentada numa cidade no interior do estado.
As pessoas, o que você vê nelas? Pernas, braços, cabeça, mãos? E se prestarmos atenção aos gestos? Mãos dadas, pernas apressadas, braços que abraçam, cabeças pensantes e repletas de idéias, lembranças, pensamentos tristes, pensamentos felizes.
E os prédios, o que dizer deles? Olhando no topo, já parou para pensar o por que de tantas escritas de formas um tanto quanto indecifráveis estampados por lá?
Nos carros, qual será o destino, a música que toca, a necessidade de atender o celular mesmo ao lado de um guarda de trânsito? Quais os sentimentos contidos nesse telefonema?
Agora imagine a mesma avenida cheia de pessoas, carros e prédios. O que você vê?
Bom, não sei você, mas eu vejo sentimentos que movem os carros, que apressam as pernas e são expressos em rabiscos no topo dos prédios.